segunda-feira, 7 de maio de 2018

SUZUKI DL-1000 XA V-STROM 2018

Abril de 2018 ficará para sempre marcado com o meu regresso às V-Stroms. A minha nova companheira de Aventura que hoje me foi entregue simbolizou um momento muito especial, não só pelo normal entusiasmo de estrear uma mota nova mas especialmente porque a partir de agora estou de regresso à minha marca preferida de sempre e à minha maior paixão em duas rodas desde 2006, as V-Stroms.
Nos próximos meses vou aqui relatando toda a evolução da mota, para já os primeiros quilómetros são sempre estranhos, a fase de adaptação à altura, aos comandos, à visão dos espelhos, ao toque dos travões, ao cuidado especial de não ultrapassar as RPM recomendadas pelo fabricante e claro os pneus ainda cheios de goma.
Esta Suzuki foi adquirida no concessionário do Cacém, Lisboa, além de todo o equipamento de série como controle de tracção, assistente de arranque, vidro regulável pela mão com três posições sem recurso a ferramentas, computador de bordo, levou como extras as três malas, descanso central, protecção de carenagem, ficando um conjunto bastante completo e apto aos maiores desafios em termos de viagem.

A estreia da V-Strom ficou marcada com uma viagem pelo centro do País com chegada a casa 795 kms. depois, o que já deu para ter uma ideia do que mais ou menos me agrada na mota, tendo em conta que a mota fez os primeiros 650 kms. abaixo das 4.500 RPM conforme recomenda o manual, depois já comecei a abrir o punho até às 6.500 RPM e será este o limite até aos 1.600 kms. havendo a primeira revisão aos 1.000 kms. pelo meio.
Pontos positivos:
-travagem, soberba aos nível de uma moto desportiva, basta um pequeno toque na manete e temos uma travagem eficiente.

-resposta do motor em qualquer rotação, se bem que depois das 4.000 RPM "explode" de uma forma impressionante, mas não há qualquer tipo de bater ou falta de potência rodando em baixa rotação.
-precisão das suspensões a curvar, impecável a forma como a mota se mantém direita e firme quando a deitamos nas curvas, não há qualquer tipo de afundamento ou torção da mota, precisão máxima!

-iluminação, soberba!
-posição de condução, ao nível do que a Suzuki nos tem habituado desde as primeiras versões da V-Strom, vamos direitos, braços descontraídos sem necessidade de procurar a nossa posição (minha altura 1.76 mt.)
-visual, principalmente nesta cor.

-iluminação.
-Qualidade geral da moto e materiais utilizados, nota-se que houve um cuidado especial na escolha.

Pontos negativos:
-consumo, parece não querer baixar dos 5 litros aos 100 kms. nestes primeiros 1200 kms. segundo o computador de bordo fez uma média de 5.1 chegando aos 5.2, para o andamento practicado sem recurso a auto estradas acho exagerado, um ponto para ir acompanhando.
-painel de controle, pode ser opinião pessoal, mas acho o ecran numa posição baixa, 5 a 10 cms. acima facilitava não ter que baixar tanto a visão para ver a imensa informação fornecida, e aí o tamanho reduzido dos números também não ajuda, pode ser uma questão de habituação mas....

-botão de luz máximo, funciona no mesmo que accionamos o máximo para alertar alguém por exemplo, com luvas não se torna nada práctico empurrar o botão para a frente.
-algum calor que sai do motor em direcção ás pernas, principalmente do lado direito.
-banco algo duro ao fim de algumas horas.
-Os plásticos que protegem o quadro na zona das botas não parece ser da melhor qualidade apresentando já sinais de riscos nos primeiros quilómetros.
-banco não ter afinação de altura, com os meu 1.76mt. de altura tenho alguma dificuldade em assentar os dois pés no chão, para manobras parado torna-se complicado.
-descanso lateral, mal que veio das anteriores versões, mola demasiado "fraca" com tendência para ficar a meio caminho, requer algum cuidado para evitar uma queda da máquina. 
Com o decorrer dos quilómetros o motor vai-se soltando e realmente este motor de 2 cilíndros em V é viciante em estrada aberta, torna-se até difícil andar devagar tal a resposta sempre disponível ao rodar o punho direito. Em estradas irregulares com piso em pedra por exemplo o conforto não é o melhor e a aceleração torna-se brusca quando se pretende andar devagar. Revisão dos 1000 kms. feita, óleo e filtro de motor mais as afinações gerais 89.90€, aproveitei para montar punhos aquecidos versão touring da Oxford (100€), a partir de agora disponibilidade para explorar a mota mais à vontade principalmente no que toca ao motor.
De referir que esta versão da Suzuki V-Strom faz manutenção programada de 12 em 12.000 quilómetros ou anual.
 

Altura de mimar a máquina com a montagem de dois acessórios, um estético e outro com bastante utilidade em dias de nevoeiro. Os piscas originais da Suzuki em Led, com o preço de 199€ dão um visual fantástico à mota ainda para mais quando os que equipam de série não primam pela boniteza, pessoalmente gostei muito do resultado final.
O outro extra também em Led foram os faróis de nevoeiro da Givi S322 com preço de 360€, a ideia não é usar diariamente como vejo muitos motociclistas fazer nem em condução nocturna porque a luz da mota é fabulosa e mais que suficiente, é mesmo para utilização com nevoeiro, claro que o factor estético aqui foi fulcral, dando maior imponência à frente deste Suzuki. ( preços de tabela, sem montagem ou preço negociado). 
Com 1600 kms. feitos, oficialmente acabada a rodagem há que falar novamente dos cons

umos, poucas vezes baixou dos 5 lts. aos 100 kms. e quando aconteceu foi pelos 4.9, com um andamento "normal" sem grandes excessos o consumo mantém-se dos 5,5.1 lts. apesar de ser acima do que esperava a verdade é que não se pode considerar excessivo. 

Feita a primeira experiência com pendura, algumas considerações a ter em conta, falamos de uma pendura que fez vários milhares de kms. na minha anterior V-Strom e também na XT1200, a opinião foi que houve melhorias em relação ao modelo K6 mas que não chega ao patamar de conforto da máquina de Iwata, também concordo quando falo do lugar do condutor, mas não compromete em nada se a ideia é fazer estrada durante várias horas, ao chegar a casa com 200 kms. feitos referiu-se ao banco ser duro e o encosto montado na top case, material original Suzuki estar demasiado recuado. Foi nesta experiência a dois pela zona Oeste num ritmo de passeio que, curiosamente o consumo baixou dos 5 litros, chegando a casa com 4.8 litros gastos em cada 100 kms. percorridos com um gasto de 15€ em combustível. Uma das coisas que tenho notado menos positivas é a cor/aspecto da ponteira de escape, apresenta um preto esbatido e facilmente riscável, olhando para os restantes acabamentos da mota talvez aqui podesse ter havido uma melhor solução. 
Voltando ao assunto tão questionado dos consumos, agora com 4.500 kms. feitos e numa utilização basicamente em estradas nacionais sem malas ou pendura e sem exageros de velocidade segundo o computador da mota o consumo está em 4.7lts./100kms. um número bastante aceitável.
Em Outubro terei o primeiro grande desafio desta V-Strom, onde tiradas maiores durante quatro dias irão por à prova o lado mais turístico da moto, poderão acompanhar mais em pormenor aqui: Sul de Espanha 2018 

Chegámos aos 7.000 kms. e continuo satisfeito com a V-Strom 1000, até agora reclamações na garantia foram zero! As questões que surgiram, punhos aquecidos que deixaram de funcionar e folga no acelerador, foram ambas resolvidas em casa, no primeiro caso substituindo o fusível e no segundo após uma breve consulta ao manual acelerador regulado em poucos minutos.
O consumo mantem-se abaixo dos 5 litros por cada 100 kms. percorridos, o conforto quer no dia a dia quer em tiradas maiores é aceitável ainda sem pensar em mudar a espuma do banco, protecção aerodinâmica não compromete apesar de não ser referência, sinal mais para a autonomia superior a 400 kms., e o que continua a não agradar é a brusquidão do acelerador em baixa rotação. 
Foi na passagem dos 9.000 kms. que apareceu a primeira anomalia de relevo, a mota deixou de pegar engatada e com embraiagem pressionada, não que isso me incomode porque tenho como hábito por o sistema em funcionamento em neutro e como este modelo tem ajuda ao arranque dificilmente se deixar ir abaixo no arranque logo não vejo sentido por a mota a funcionar engatada mas após consuta do manual confirmei que tal é possível por isso será situação a rever talvez na revisão dos 12.000 kms....
Revisão Anual ou dos 12.000 kms. feita com 11033 kms. a marcar no painel digital. Escolhi o concessionário da marca em Mafra porque sempre se mostraram profissionais e competentes nas assistências feitas às minhas Suzukis.Valor 158.67€, tendo em conta o intervalo de revisões recomendado não me parece exagerado, tendo sido feitas todas as afinações, lubrificações, mudança de óleo e filtro, ligação do GPS á ignição e rectificação do problema antes relatado da mota não pegar engatada e com embraiagem acionada, verificou-se que não era anomalia da mota mas sim má instalação dos punhos aquecidos em que a resistência dos mesmos não deixava a manete da embraiagem fazer o curso total, questão resolvida, mota a brilhar e novamente aquela sensação de mota nova nas mãos.
17.250 kms foi a duração dos pneus Bridgeston Battle Wing que equiparam esta Suzuki de origem, número que me surpreendeu tendo em conta as experiências nas motas anteriores, não posso dizer maravilhas destes BW mas a verdade é que nunca comprometeram a segurança seja em piso molhado ou seco.
E a escolha foi os novissímos Bridgeston Battlax Adventure A 41, 240€ montados e calibrados.               
  
Quase a completar dois anos e ainda antes de terminar a garantia sem queixas para apresentar chegou a altura de fazer a revisão dos 24.000kms. de referir que continuo a optar pelo intervalo recomendado pela marca, 12.000kms. Escolhi a oficina da Suzuki de Mafra em Lisboa, foi feito o seguinte serviço:
Afinações, limpezas e verificações gerais
Filtro Oleo com mudança do mesmo
Pastilhas Travões
Mudança Oleo anti congelante
Troca de velas
Valor pago: 409.74€



Avaliação, 0 a 10
Motor - 8
Conforto - 8
Travagem - 8
Visual - 8
Preço - 7
Protecção Aerodinâmica - 7
Consumo - 8
Prestações - 9

Total : 8


Em actualização....

ALBUM DE FOTOS


3 comentários:

  1. Ótima análise. O que me desagrada nessa moto é esse conjunto frontal. Esse farol e esse "bico".

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  2. Excelente diário de bordo. Se me pudesse esclarecer sobre um tema que tenho pesquisado mas não tenho encontrado muito,vibrações. Tenho uma vstrom 650 com 4 meses e ela vibra um bocado, principalmente entre as 4 e as 5500rpm que são as rpm das velocidades de viagem. A ponto que as vibrações se tornam incómodas, tornando mais fatigante percorrer km, coisa que a pendura se queixa. Há quem diga que não é defeito, que é feitio, mas torna-se incómodo, principlamente comparando com as montadas anteriores. Ando inclinado a trocar a minha 650 pela 1000, mas esta questão do conforto intriga-me. Se me pudesse dar o seu feedback ficava agradecido.

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    1. Posso garantir que a vibração não é problema na versão 1000, muito possivelmente há motas que não tem esta configuração de motor e transmitem mais vibração ao quadro e consequentemente aos utilizadores, por exemplo Tracer 900 ou até a GS1200.

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