quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nexx XR1R Carbon por Mário Correia


Depois de muito ouvir falar neste capacete ultra leve em carbono com um preço bombástico, lá acabei por ceder e comprei-o.

Quando se pega no capacete a 1ª impressão é que é realmente muito leve. O autocolante atrás a dizer 1200gr não engana, ele é mesmo leve.
Depois começa-se a analisar todos os pormenores dos interiores e pinturas e vê-se que é perfeito. Os interiores são de uma qualidade irrepreensível com materiais de primeira e muito bem acabado.
Todos os interiores se tiram com muita facilidade para se poderem lavar em condições e o fecho é o normal duplo D que se usa em capacetes de competição pois é o sistema menos falível e mais seguro.
Aqui descobri que por causa da ponta da fita que entra nos D não ser arredondada dificulta o fecho do capacete quando se está com luvas mas nada que um trabalho de costureira não resolva em menos de 5 minutos sem qualquer risco de estragar seja o que for.

Um problema apontado ao capacete é o facto de ser necessário desapertar parafusos para tirar/substituir a viseira, mas para mim como não é uma operação que seja regular e como os parafusos se conseguem desapertar com uma qualquer moeda pequena, não vejo razões para isso ser uma falha.

Isto é o que se descobre do capacete apenas estando com ele na mão e impunha-se um teste em andamento o que foi feito mal pude.

A ventilação é muito boa e sente-se bem. Talvez uns furos abaixo do Shoei XR-1000 mas mesmo assim muito boa. Mais que suficiente. Portanto este meu "medo" por estar acostumado a um capacete referencial neste campo deixou de existir. Nota final para a ventilação - Muito boa.

O ruído que era outra das coisas que me preocupava também está aprovado. Bem mais silencioso que o Shoei mas mesmo assim podia ser melhor. Pelo que dizem dos Shubert este deve fazer mais barulho, mas também nunca experimentei nenhum Shubert, portanto não tenho termo de comparação. No entanto pareceu-me que este campo ainda podia ser melhor mas mesmo assim muito positivo.

Mas pronto como não há bela sem senão o pior mesmo que encontrei neste capacete é a posição da correia que está a meu ver muito para trás, ficando a fazer força muito perto da garganta o que se pode tornar incomodo. Mas pareceu-me que deve ser uma questão da hábito. Incomoda apenas se quisermos olhar para baixo.

Nota final MUITO positiva. Parece-me superior ao meu Shoei em tudo menos na ventilação e conforto pois este ainda está muito justo e o Shoei com 5 anos já está perfeitamente feito à minha cabeça. É uma questão de tempo e este também chega lá.

A falta de peso nota-se e bem em andamento e eu já vinha de um capacete leve. Parece que vamos apenas com uma protecção na cabeça tipo gorro de tão leve que é. O meu pescoço vai agradecer.

É excelente também na visibilidade. A visão periférica é perfeita, olhado em volta praticamente não se consegue ver parte nenhuma do capacete e virar a cabeça, mesmo a andar mais depressa é extremamente fácil por causa da leveza e aerodinâmica.

Enfim, estou a adorar o capacete. Experimentem. É produto Nacional de MUITA qualidade e acessível.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Honda VFR800X Crossrunner by Ricardo Pereira



No passado Sábado fui dar uma volta com a VFR800X Crossrunner que o Sr. Paulo da MOTORSAL teve a gentileza de me ceder.

Honestamente, sempre que vi esta moto em fotos, não me apelava muito, ao vivo a meu ver é muito diferente, super elegante, linha fluidas com bastante porte, pudera, tem mesmo de ter ...para albergar 100 cvs dentro do fantástico 4 cilindros em V já apanágio da Honda.

Assim que me coloquei em cima da moto, a primeria coisa que se nota é a facilidade de manobra em parado, mais uma vez, fruto de uma distância ao solo a meu ver perfeita mas ao contrário do que a Honda anúncia, nunca na vida esta moto é uma On/Off road a não ser que coloquem alcatrão nos trilhos de monte LOL. Esta mota apenas poderá atacar uns estradões de terra batida e sem buracos, caso contrário temos problemas.

A meu ver a Honda cometeu um erro grave ao colocar o escape do lado direito, tapando de certa forma a obra de arte que é a jante traseira. Deviam ter mantido o escape do lado esquerda tal como na sua irmã mais “velha” para mostrar o que de mais bonito esta moto tem, a secção traseira.

Coloquei a moto a trabalhar, o escape solta um silvo suave, bem, não é do meu agrado mas ao menos cumpre com as 3.654 normas de ruído que os Srs. da CEE nos obrigam a seguir, nada que um bom esacape resolva (um Akra ficará a matar sem dúvida nenhuma).

First gear, a fera começa a rolar… a acelaração é rápida mas não tanto como esperava, nota-se que está estrangulada, muito certamente a nível de escape pois basta reparar bem na distribuição colectores/escape, mas tudo bem, a geometria do quadro também não dá para grandes aventuras de velocidade, no entanto a posição de condução é estranha, especialmente nos poisa-pés, recuados e um pouco acima, a lembrar as desportivas, aqui não gostei, torna-se um pouco desconfortável a meu ver (talvez por ser alto...). Em andamento o motor é muito bom, apesar de limitado, apresentando potência q.b. Em baixas, muito bom, o que denota uma vertente citadina sem qualquer problema (talvez apenas nos consumos). Ao motor é impossível dar outra nota: Muito bom ;).

A caixa de velocidades, Honda, macia, correcta sem qualquer erro, quem me dera que outras marcas seguissem o exemplo. Pouco a dizer. Caixa: nota mais que positiva.

Quanto a travagem, na frente duplo disco com 3 pistões em cada pinça fazem o seu trabalho na perfeição sem hesitações nem comportamentos estranhos mesmo quando já vamos a curvar e a lamber o alcatrão. Atrás o disco de 256mm com pinça de 2 pistões ajuda bastante quando nos entusiasmamos demasiado e precisamos de ajuda para segurar moto antes de sairmos por uma curva fora devido ao excesso de velocidade ;). Travões: Muito bom mesmo.

Protecção aerodinâmica: Esta versão tinha o vidro alto que até aos 150-160Km/h dá mais que conta do recado, aliás, fiquei super surpreendido com a excelente capacidade de protecção aerodinâmica que este pequeno vidro consegue. Parece ser uma moto bastante boa para viajar, peca apenas pela posição dos poisa-pés como já referi. Nota final: Muito bom.

Quanto iniciei o test-ride desta moto, ia com expectativas elevadas que de certa forma não foram defraudas. Uma excelente moto para andar rápido (apesar de estar limitada), para a cidade (tendo cuidado com o punho direito obviamente) e para viajar pois tem potência q.b. para as AE e baixas suficientes para rolar calmamente nas nacionais, depende do gosto de cada um.

Honda NC700X by Ricardo Pereira





Fui entregar a minha DL1000 para a revisão dos 30K e aproveitei para experimentar duas motos, uma delas a Honda NC700X, as duas cedidas gentilmente pelo Sr. Paulo da MOTORSAL.

À primeira vista a moto é muito bonita, até um pouco corpulenta para o segmento. Os acabamentos muito bons, típico da Honda. A versão que experimentei era em preto, bonita mas a meu ver faz desvanecer muito os detalhes da moto, em branco deve ficar fantástica.

Em cima da moto em parado, a sensação de fáceis manobras é evidente muito devido ao peso de certa forma baixo desta moto. Distância ao solo perfeita pelo menos para os meus 1,83m. Peca a falta de regulação da suspensão, também não se pode ter tudo ao excelente preço deste brinquedo, 5.999 euros.

Motor a trabalhar, um ruído de escape suave, normal numa moto nova desta última geração, nada que se resolva com um escape de jeito, ou após alguns Kms, acabam por ficar mais abertos e com uma sonoridade mais forte.

1ª velocidade e cá vamos... surpreendente como um motor destes acelera bem rápido e linearmente com um "peso pesado" como eu, acreditem, não é amorfa, até aos 140Kmh, velocidade mais que suficiente para o dia-a-dia e viagens de um motociclista com velocidade médias "normais". As recuperações são excelentes mesmo quando por engano fiz um shift a mais, perdoou e continuou a acelarar. Tem motor que chegue para o dia-a-dia, arrisco a dizer para viagens, comedidas a 120-140Kmh no máximo. Gostei de rolar com a moto em baixas, um doçura como deve ser numa moto que foi criada com um propósito: cidade (apesar de viajar com ela não ser nenhum martírio de certeza absoluta). Motor: nota mais que positiva.

A caixa de velocidades é Honda, isto para quem sabe é óbvio, macia, sem erros e com uma embraiagem macia que apenas me fez pensar porque não tenho eu uma assim na DL1000... pois... a minha é hidráulica. Caixa: nota mais que positiva.

Travões: o da frente um must, 320mm num disco ondulado com uma pinça de 2 pistões. Muito simples, a minha Bandit 400 tinha um conjunto similar à frente, chegava e sobrava para as encomendas e acreditem, a Suzi andava que se fartava. O travão de trás (coisa que muito raramente uso), está lá, é honesto, faz o pouco trabalho que lhe dão sem grandes complicações. Travões: Muito bom.

Protecção aerodinâmica: Esta versão tinha o vidro pequeno que até aos 140Km/h dá conta do recado mas creio que com o vidro de maiores dimensões o rolar seja quase perfeito. De qualquer forma é aceitável a meu ver sem buffeting nem outras anormalidades do género (apenas ruído do vento, normal, quem não quer vento anda de carro...): Positivo.

De uma forma geral, esta moto surpreendeu-me em muito pela positiva, muito mesmo, aliás, fui para o Stand com uma ideia da moto, sai de lá com outra completamente diferente de tal modo que me deixou a pensar, acreditem...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Suzuki Van Van 125







SUZUKI RV 125







VAN VAN








































Janeiro 2012







Com a adesão ao mercado das motas por parte de muitos condutores com carta automóvel, que até á pouco tempo não se viam deslocar através de duas rodas, venho falar da Suzuki RV 125 Van Van.
Apesar do preço passar os 3.500€, esta pequena Suzuki pode tornar-se numa solução económica, tendo em conta o baixo consumo, cerca de 3 lts. aos 100 kms. , aliado a uma manutenção simples e barata.
Inspirada nos modelos Scrambler dos anos 70, esta Van Van, apresenta nesta ultima versão, um motor monocilindrico de injecção de combustível, com 12 cvs de potência e uma caixa de 6 velocidades.
Característica que salta imediatamente á vista são os largos pneus que equipam a mota, bem como o depósito estreito, capaz de levar 9 litros de gasolina, que permitem uma autonomia entre 220/280 kms.
Na estrada, apesar de ser lenta no arranque, com o trocar de mudanças, o motor começa a libertar-se, permitindo rodar nos 60/80, com alguma resposta do motor, para efectuar ultrapassagens.
A velocidade máxima de 115 kms./hora é conseguida em 6ª velocidade, sendo necessário para tal, uma boa recta com alguma inclinação.
Nas subidas sente-se a fraca potência do motor, sendo necessário recorrer á caixa, para a manter a puxar, mas a velocidade aí cai bastante. Com pendura a situação ainda piora mais.
O largo, confortável e comprido banco permite andar com pendura com um certo á vontade, só o motor não ajuda da mesma forma. Tratando-se de uma 125 não se pode exigir muito mais. Sempre dá para dar uma boleia até á praia. Até porque na traseira existe um porta bagagens, que permite levar alguma bagagem com uma aranha, ou até aplicar uma top case, o que não irá beneficiar no bom aspecto que a mota apresenta sem ela.
A caixa de velocidades é suave, e de fácil accionamento, com o senão do pedal estar demasiado alto, é necessário levantar muito o pé para recorrer á troca de mudanças.
Em andamento a mota é confortável, a suspensão macia, torna os buracos e deficiências da estrada, quase inotáveis.
No que diz respeito á travagem, funciona bem, apesar de a traseira não dispor de disco, mas sim tambor, na frente o disco único, bloqueia depressa, fazendo a roda fugir, requer alguma habituação.
Os acabamentos da mota são bons, semelhantes aos modelos maiores da marca Nipónica, de salientar a potência do farol da frente, dá uma iluminação excelente.
Apresentando pneus trail, e um aspecto off-road, tornou-se obrigatório pô-la em maus caminhos. Apesar de haver motos muito mais adequadas para o efeito, a verdade é a Van Van não se nega, e roda sobre piso solto de pedra ou terra sem dificuldade. Como a mota é baixa, andar em pé, requer ir demasiado dobrado, muito tempo, torna-se desconfortável. A pouca altura do motor até ao solo, tambem a faz raspar nas pedras mais salientes que se podem encontrar.
Conclusão, esta RV125 é uma mota engraçada que não passa despercebida onde passa. Tem as suas limitações naturais, mas pode ser uma boa escolha para iniciados, ou até alguem, que queira uma mota simples e económica.

Aqui o video da Van Van:

http://youtu.be/KCREx8nkQu0

Carlos Tavares