quarta-feira, 1 de junho de 2016

TRIUMPH EXPLORER 1200 XCx A RAINHA INGLESA

Desde a sua saída que me senti curioso pela dinâmica da Triumph Explorer 1200, mais se acentuou na versão de 2016 com as várias alterações e, a introdução de suspensões electrónicas.


Há hora marcada e com a pontualidade britânica o embaixador da Triumph em Portugal, Vítor Sousa chegava ao Areeiro enchendo a rua com uma melodia de encantar, vinha na máquina que se fala a Explorer 2016.



Enquanto chegava o Staf da casa do Areeiro, dediquei-me a apreciar o conjunto, acabamentos cuidados, nova posição do reservatório do anti-congelante, cada pormenor muita qualidade, espelhos bonitos, piscas, soldaduras do quadro, jantes de raios, (o 170 atrás fica muito bem) um conjunto muito bem conseguido.


Formalidades concluídas, vinha a explicação do funcionamento da máquina, indo toda a atenção para o computador de bordo, e, a muita informação/funcionalidades que propõe, até o vidro agora e pioneiro numa máquina deste tipo é eléctrico. Tudo gerido por três botões, requer habituação, mas entranha-se.


Ao sentar a máquina a habituação é rápida, excelente posição de condução, para os meus 1.90 metros é um encaixe perfeito. 


A minha ideia era fazer um pouco de cidade, estrada nacional e regressar pela auto-estrada. Assim foi Areeiro rumo à Expo, fluindo no trânsito não se consegue ficar indiferente às “toneladas” de binário disponíveis desde o relanti, IMPRESSIONANTE, nunca assim tinha testado uma maquina, em sexta a 1500rpm sai… leva a pensar se terá TURBO, parece que a sexta foi trocada pela primeira relação, nota máxima para a capacidade de recuperar, sem atritos e sempre com uma sonoridade espectacular, nem imagino como será com um escape de rendimento. 


As velocidades foram sempre reduzidas no circuito Areeiro-Expo, no entanto sempre enredado de trânsito e a passar caixa entre semáforos, o consumo que tinha sido inicialmente desmarcado nunca passou dos 6.3L/100, outro encanto é a suspensão faz o ajuste quando iniciamos a marcha, basta depois pressionar qualquer um dos botões do computador de bordo. No parque expo fiz incursão na zona de terra, bastante degradada pelas chuvas em pouco metros a adaptação da suspensão mesmo sem mudar de modo, ficou muito mais suave, condução em pé excelente com único ruído a vir da engrenagem do ecrã da frente, causado pela irregularidade do piso.



Depois de algumas fotos, rumei à Estrada Nacional nº10 na variante que dá acesso à Auto-estrada nº1 em Santa Iria, ao chegar à rotunda da Expo para fazer a curva à direita, denotei um afundamento exagerado da suspensão WP da frente, mais uns segundos de volta do “PC” e meti carga máxima nas suspensões, pois no final da variante que referi haviam belas curvas. Toda a zona muito vigiada por radares foi feita a velocidade reduzida em Cruise-control, fácil de accionar e de seleccionar velocidades, ao chegar à zona “sinuosa” foi onde mais o motor “puxou” por mim, fantástica dinâmica agora com a suspensão firme a dar que pensar até onde esta moto pode ir… com um motor e uma ciclística de topo com um bom “piloto” temos uma verdadeira “Fun Bike” capaz de transmitir elevadas cargas de adrenalina.



Auto-estrada, velocidades regulamentares, para a minha altura o vento bate no topo do capacete, sem incomodar, a versão XCa tem um vidro mais alto e este sim mais útil para os viajantes.



A transmissão por veio, tem um comportamento muito neutro, ouvindo-se os habituais “clanks” a velocidade reduzida nas primeiras relações, mas caixa é fácil de accionar sem que interfira em nada na roda traseira, ganhando sim muito em custos de manutenção.



Peso, 244kg não se notam nada, quer em cidade quer estrada ou fora dela, é certo par os mais curtos de pernas poderá ser um entrave visto que este tipo de motociclos tem a massa mais em cima, para altear a altura ao solo, mas de fábrica existem versões com menos 5cm de altura de banco.


20 Litros de capacidade, merecia mais, sempre prós e contras mais kms, para os viajantes mas também mais peso para cidade, mesmo assim 1215cc com carga e dois ocupantes a enrolar curvas de serra, a autonomia não deve ser tão simpática como o meu calmo teste.


Concluindo, motor nota máxima, cheio, potente 139cv estão sempre lá prontos a seguir em frente como uma catapulta, travagem excelente, bom tacto, embraiagem suave, mesmo hidráulica de fácil accionamento, banco confortável, computador de bordo, estranha-se e entranha-se, velocidade média, velocidade percorrida, consumos, ajuste ecrã, modos de condução, Road, Rain e Of road, na versão a seguir existem mais dois o Sport….(JAZUS) e um totalmente personalizável, atributos de luxo, que se pagam a classe das maxi trail com os muitos acessório e extras chegam a preços muito elevados, chegando facilmente aos 20.000€.



Totalmente convencido, uma maquina poderosa, tanto pode ser dócil, como agressiva uma dama ou uma selvagem sem deixar de ser uma Rainha potencia tecnologia estética. Parabéns Triumph, obrigado Vítor Sousa, magnifica Stand excelente staf.



terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Honda CRF 1000L O Mito Africano Voltou

A Honda tem andado um pouco "esquecida" dos seus mitos, passadas umas décadas da Sete e Meio  que ainda hoje vale ouro, sai da cartola a Africa Twin 1000.

Como apreciador desta gama de motos as "Novas Maxitrail" foi com muito agrado que me desloquei à Jomotos para experimentar a novidade.




A versão que testei é a Base, não traz ABS, Controlo de Tração e proteção de mãos.
A principio pensei "pena" mas para o teste que fiz teria de desligar estes sistemas. IC2 até ao cruzamento do IC8 no meio do trânsito entre os 70 e os 100km/h o trip que tinha sido reiniciado marcou sempre abaixo dos 5l/100 chegando a marcar 4.6l/100, espétaculo,  um motor que funciona muito bem a partir das 1700rpm, abaixo disto é o normal bicilindrico.




A ideia era andar com a maquina onde ela faz juz ao nome, fora de estrada, seguindo as placas Serra de Sicó, depressa encontrei uns belos estradões. Aqui sim, a frente sempre no sitio firme, estável e a traseira a varrer a pista, com total confiança mesmo para um "piloto" inexperiente como eu, a condução em pé é de controlo total tudo no sitio, o banco perfeito não muito largo mas confortável e de uma única peça é perfeito.
Não tendo a maquina quaisquer protecções quer de carter quer dos plásticos havia que cortar gaz, mas ... é para aqui que a maquina foi talhada, previsível, potente, ágil, conduz-se como uma 125. 




As suspensões filtram as irregularidades como se numa auto-estrada fosse-mos, conjunto isento de ridos, vibrações, encaixes de plásticos perfeitos, motor sempre lá, escape com baixas e médias barulho derivado da irmã 750, mas em altas com um lindo cantar.




Estávamos no topo da serra junto ao Marco Geodésico, um denso nevoeiro cobria a serra havia que voltar ao mundo real, de novo no IC8 fui navegando nos menus disponíveis no display, consumo instantâneo, médio, temperatura ambiente, trips vários, moderno e com uma excelente leitura, muito fácil de utilizar. 








Em curva a roda 21 da frente não se torna muito intuitiva, a maquina pelas características das suspensões e guiador torna-se divertida mas como é óbvio a frente não transmite a confiança de uma jante menor. Motor em estrada é cheio de binário dá um gozo tremendo utilizar a faixa de potencia entre as 2 e as 6000rpm. Quanto a performance pura sexta a 4500rpm vai na casa dos 150km/h e a quinta às 7500 faz ... 200km/h... A protecção aerodinâmica a velocidades mais elevadas é curta no topo do capacete e ombros para os meus 1.90m.




É certo que é no alcatrão que estas maquinas irão ser utilizadas por 90% dos seus compradores, o motor cheio de binário e potente quanto baste cumprirá ao que for proposto, no entanto a maquina vai dar cartas e que falar é fora de estrada. Sendo uma 1000 é caso para dizer "IMPRESSIONANTE".



Começando nos 12.100€ versão base passando por mais uma versão com ABS, Controlo de Tração e outra com Dupla Embraiagem, vai de certo ser uma maquina muito vista pelas nossas estradas, pela sua versatilidade, tanto no "monte" como no dia dia ou na viagem mais longa.

Dados http://www.honda.pt/motorcycles

Motor
DIÂMETRO X CURSO (mm)92,0 x 75,1 mm
CILINDRADA (cm3)998
TIPO DE MOTORRefrigeração por líquido, 4 tempos, 8 válvulas, dois cilindros paralelos, cambota a 270° e sistema Unicam
POTÊNCIA MÁXIMA94CV (70kW)/7.500 rpm (95/1/EC)
BINÁRIO MÁXIMO98 N•m/6.000 rpm (95/1/EC)
ARRANQUEEléctrico

Ciclística
BATERIA12 V/11 AH
DIMENSÕES (mm)2.335 x 875 x 1.475 mm (STD)
QUADROQuadro berço semi-duplo em aço, com sub-quadro traseiro em aço de elevada resistência à tracção
DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL (Litros)18,8 litros
DISTÂNCIA LIVRE AO SOLO (mm)250mm
PESO EM ORDEM DE MARCHA (kg)228kg
ALTURA DO ASSENTO (mm)870/850mm (posição STD / posição baixa)
DISTÂNCIA ENTRE EIXOS (mm)1.575 mm

Transmissão
EMBRAIAGEMHúmida, multi-discos com molas helicoidais, assistente à árvore de cames em alumínio e embraiagem deslizante
EMBRAIAGEM - FUNCIONAMENTO6 velocidades DCT, com modos de condução em estrada e em fora-de-estrada
TRANSMISSÃO FINALCorrente selada por O-rings
CAIXA DE VELOCIDADESEngrenagem constante, 6 velocidades manual
Rodas
TRAVÕES FRENTEDois discos flutuantes de 310 mm, cubo radial e pinças de 4 êmbolos e pastilhas em material sinterizado
TRAVÕES RECTAGUARDAUm disco flutuante de 256 mm, uma pinça de 2 êmbolos e pastilhas em material sinterizado. Na versão DCT, também com Sistema de Travão de Estacionamento por Bloqueio da Manete.
RODA - TAMANHO - FRENTE90/90-R21 com câmara de ar
PNEUS - FRENTE21M/C x MT2,15
PNEUS - RECTAGUARDA18M/C x MT4,00
RODA - TAMANHO - RECTAGUARDA150/70-R18 com câmara de ar
RODA - TIPO - FRENTEJante de alumínio com raios
RODA - TIPO - RECTAGUARDAJante de alumínio com raios