Uma das novidades para 2012 da Honda, é esta VFR 1200X Crosstourer. Da VFR foi buscar o motor, o V4, com 127 cvs. de potência ás 7750 RPM. Deram-lhe supensões de longo curso, posição de condução vertical, rodas com aptidão Trail, e aí está a Crosstourer pronta para a aventura, e não só.
Foi no passado Domingo, aproveitando o fim de semana Honda, que me dirigi á Lopes e Lopes em Mem Martins. O tempo ameaçava chuva, que veio a cair. Quando lá cheguei, ainda cedo, já a curiosidade sobre esta 1200 era muita, com várias pessoas em seu redor, a receber as instruções sobre o funcionamento da mesma, principalmente da caixa automática que equipa a versão testada, a DCT.
Enquanto esperava pela minha vez, fui observando uma Crosstourer vermelha, que estava no Stand. A mota tem detalhes lindissimos, como o veio traseiro, a óptica, toda a carenagem, o painel digital. Não há duvida que a Honda o que faz, faz bem e bonito. O tamanho, apesar de impressionar, é normal para esta classe, até sendo estreita.
A mota disponivel para teste é uma DCT, com transmissão de dupla embraiagem, que permite trocar de mudança, através de dois botões, + ou -, sem recurso á embraiagem, já que ela nem existe. Em alternativa há o modo automático, em que as mudanças são feitas pela mota, em dois modos, o normal e desportivo. Os três modos podem ser mudados em andamento, sem ser preciso desacelarar. Para os mais convencionais, este sistema pode ser considerado estranho, fazendo pensar que estão numa scooter, mas a verdade é que o DCT só traz vantagens a esta ou qualquer outra mota. Se pensam que se torna menos desportiva, enganam-se. O Sistema funciona na perfeição, e é uma mais valia para esta Tourer da Honda.
Tambem tem um ecran maior, disponível pela marca, como extra. Alem de não ficar bem, é demasiado alto, e vibra muito.
A posição de condução vertical, é boa, mas fica a sensação que o guiador está demasiado á frente, os braços vão um pouco esticados. O banco não prima pelo conforto, mas tambem não compromete, é espaçoso e o tecido anti derrapante.
A colocação dos comandos dos piscas e buzina no lado esquerdo do guiador, atrapalha um pouco, porque estão muito juntos, nada que com a práctica, não se resolva.
O painel todo digital, com iluminação regulável, pareceu-me muito confuso, muita informação, com letras e numeros pequenos. De dia o conta-rotações passa quase despercebido. A colocação tambem não me pareceu a melhor, mais subido resultava melhor, mas o hábito do dia a dia torna isso um mal menor.
Em andamento, o V4 que equipa esta 1200X, é fabuloso, bastante suave, com potencia sempre disponível, nesta versão DCT, usando o modo automático, a mota desliza na estrada como se um comboio se tratasse, chegar a velocidades altas, é num instante. A suspensão rija, ajuda a estabilidade da mota, mas não é o melhor para o conforto, uma pequena afinação, pode torná-la mais apta para viagens a solo ou a dois. No modo S, desportivo, a mota altera-se, e muito, é preciso calma e precisão para domar dos 127 cvs. disponiveis. No modo D, normal, a mota vibra um pouco, nada de preocupante. No modo manual, o que gostei mais, ficamos com uma máquina infernal nas mãos. Mudanças feitas em plena aceleração. Esta Honda é perfeita neste aspecto do DCT.
A travagem, é excelente, como a Honda nos tem habituado. É combinada e com ABS de série. Nada a apontar, funciona na perfeição, mesmo em piso molhado.
Sendo esta Crosstourer uma Aventureira, destinada a grandes tiradas de kms. a protecção aerodinâmica podia ser melhor, a nivel das pernas e pés. Como opcção, o deflector de carenagem pode vir a tornar-se essencial.
Outro promenor, que notei, foi o pedal do travão, para chegar a ele, bati várias vezes com a bota na tampa do motor.
De salientar, que a Tourer, nos 30 kms feitos, marcou no computador de bordo 8.2 lts. aos 100 kms. Parece-me um valor exagerado, dado, que tirando algumas acelerações, o ritmo foi calmo, e na maior parte do tempo em modo D.
Conclusão, esta Honda VFR 1200X Crosstourer, é uma mota no geral boa, podendo o motor ser considerado muito bom, e o DCT excelente. Tendo em conta que o preço desta versão é 15.000€ sem top case e ecran, pode ser considerada uma optima opcção, para quem quer uma mota para viajar e fazer algumas aventuras fora de estrada, sem prescindir do conforto.
Avaliação 0-10
Conforto - 8
DCT - 10
Protecção aerodinâmica - 6
Motor - 9
Travagem - 8
Preço - 8
Visual - 9
Suspensão - 8
Desempenho - 9
Consumo - 5
Média total - 8
20 Abril 2012
Carlos Tavares
Muito bom. Quero aqui todos os testes...
ResponderEliminarOutro review muito bem feito.
ResponderEliminarUma maquina que chegou para se tornar uma referencia na categoria.
Ótima análise da motocicleta realmente ela é o que diz
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