Numa inédita joint-venture entre Londres e Tóquio, surgiu este test-ride cruzado entre dois dos históricos modelos da marca.
Ficam os relatos na primeira pessoa pelos riders participantes nesta iniciativa.
Infra seguem os respectivos reports para as "casas-mãe".
Triumph Bonneville SE Special Edition 2013 by Guide Temple
Lisboa, 9 de Maio de 2013.
Semana anterior ás comemorações da 1ª Aparição de Fátima.
Recebo carta registada, entregue em mão, enviada pela representação da Triumph em Portugal – Areeiro.
Assumindo-se conhecedores do grupo BTR e na sequência de recentes transacções comerciais com elementos deste mesmo grupo, fui convidado para testar a novíssima Bonneville SE Special Edition 2013 por intermédio da gentil cedência do nosso companheiro Paulo Varela.
Um privilégio dado que, ao que parece, será a única unidade no nosso país até à data.
Tendo luz verde de Tóquio, contactei de imediato o Paulo e rapidamente nos entendemos para levar a cabo este desafio “patrocinado” pelos súbitos de S. Majestade.
Contacto visual:
Sendo uma recriação da versão T140E que foi lançada em 1978, esta Bonneville SE á imagem da sua antecessora, surge com belíssimas jantes de alumínio de 7 braços.
A nova Bonneville respeita integralmente todos os traços do modelo de finais da década de 70, mas atenção, esta proposta encerra uma panóplia de modernidades brilhantemente camufladas na sua magnifica roupagem clássica.
Se por um lado nos deparamos com uma simples forquilha telescópica e dois amortecedores no eixo traseiro, o tradicional bicilindrico inglês é “injectado” ainda que os dois corpos (vazios) dos carburadores conduzam ao engano mesmo os observadores mais atentos...
Excelente trabalho.
Os comandos são simples mas de “bom toque”, muito intuitivos.
O conforto é assegurado por um banco superiormente concebido e por uma posição de condução natural.
Está “tudo á mão”.
É indiscutível que o modelo não deixa ninguém indiferente, facto que se evidencia nesta Special Edition.
O casamento entre o negro e a cor purpura (ambos em “mate”) aplicada no depósito e no quadro da moto resulta num conjunto de bom gosto.
Clássica, discreta mas inevitavelmente apelativa.
A Triumph apostou forte nesta SE, o modelo transpira qualidade e aprumo.
Mas nem tudo são rosas.
A partir do momento em que se roda a chave no canhão localizado no lado esquerdo da coluna de direcção, o ponteiro do velocímetro “varre” toda a escala e acende-se o display.
Sacrilégio.
Neste momento fica evidente que as “mordomias” do sec. XXI afinal não foram esquecidas.
Mas sem abusos.
Chegou o momento de partir.
A nova Bonneville respeita integralmente todos os traços do modelo de finais da década de 70, mas atenção, esta proposta encerra uma panóplia de modernidades brilhantemente camufladas na sua magnifica roupagem clássica.
Se por um lado nos deparamos com uma simples forquilha telescópica e dois amortecedores no eixo traseiro, o tradicional bicilindrico inglês é “injectado” ainda que os dois corpos (vazios) dos carburadores conduzam ao engano mesmo os observadores mais atentos...
Excelente trabalho.
Os comandos são simples mas de “bom toque”, muito intuitivos.
O conforto é assegurado por um banco superiormente concebido e por uma posição de condução natural.
Está “tudo á mão”.
É indiscutível que o modelo não deixa ninguém indiferente, facto que se evidencia nesta Special Edition.
O casamento entre o negro e a cor purpura (ambos em “mate”) aplicada no depósito e no quadro da moto resulta num conjunto de bom gosto.
Clássica, discreta mas inevitavelmente apelativa.
A Triumph apostou forte nesta SE, o modelo transpira qualidade e aprumo.
Mas nem tudo são rosas.
A partir do momento em que se roda a chave no canhão localizado no lado esquerdo da coluna de direcção, o ponteiro do velocímetro “varre” toda a escala e acende-se o display.
Sacrilégio.
Neste momento fica evidente que as “mordomias” do sec. XXI afinal não foram esquecidas.
Mas sem abusos.
Chegou o momento de partir.
Dinâmica:
O motor de 865cc´s e com “ desfasamento” da ignição de 360º entra facilmente em funcionamento, sem protestos.
Muito equilibrado e silencioso.
A embraiagem é muito suave, basta o indicador para a accionar.
Saímos da imobilidade com uma docilidade assinalável mas viva, se caso disso for.
A caixa de 5 velocidades possuiu um tacto e precisão notáveis mesmo nesta unidade com poucos km´s.
O conjunto é muito equilibrado, simplesmente não se sentem os 220kg´s da Bonneville e o motor responde sem qualquer hesitação.
Mesmo na mudança mais alta e a velocidades reduzidas basta acelerar para que a Bonnie responda com convicção e sem protestos.
Apesar dos consumos comedidos, o motor ultrapassa os limites legais com facilidade e a ciclistica está longe de comprometer.
A Bonneville SE tem boa capacidade de travagem e gosta de traçados mais revirados.
O conforto tem nota alta.
Mais uma vez, atrás do aspecto clássico esconde-se uma moto muito previsível e competente, capaz de surpreender muitos cépticos.
A Triumph disponibiliza uma enorme lista de adereços mas dado a grande popularidade deste mítico modelo é possível encontrar muitas opções capazes de atender a qualquer necessidade ou desejo.
Uma máquina concebida para o puro prazer, sempre com muita classe.
Aposta ganha por parte dos ingleses, o report para Tóquio segue imediatamente.
A embraiagem é muito suave, basta o indicador para a accionar.
Saímos da imobilidade com uma docilidade assinalável mas viva, se caso disso for.
A caixa de 5 velocidades possuiu um tacto e precisão notáveis mesmo nesta unidade com poucos km´s.
O conjunto é muito equilibrado, simplesmente não se sentem os 220kg´s da Bonneville e o motor responde sem qualquer hesitação.
Mesmo na mudança mais alta e a velocidades reduzidas basta acelerar para que a Bonnie responda com convicção e sem protestos.
Apesar dos consumos comedidos, o motor ultrapassa os limites legais com facilidade e a ciclistica está longe de comprometer.
A Bonneville SE tem boa capacidade de travagem e gosta de traçados mais revirados.
O conforto tem nota alta.
Mais uma vez, atrás do aspecto clássico esconde-se uma moto muito previsível e competente, capaz de surpreender muitos cépticos.
A Triumph disponibiliza uma enorme lista de adereços mas dado a grande popularidade deste mítico modelo é possível encontrar muitas opções capazes de atender a qualquer necessidade ou desejo.
Uma máquina concebida para o puro prazer, sempre com muita classe.
Aposta ganha por parte dos ingleses, o report para Tóquio segue imediatamente.
Honda CB Sevenfifty "Four" 1992 by Paulo Varela
Lisboa, 9 de Maio de 2013
Na sequência da carta enviada directamente por por Londres, ficou a meu cargo fazer o "payback" do teste à proposta de Terras de S. Majestade e testar uma das propostas mais míticas de Tóquio, a CB750 "Four".
Neste quadro, tocou-me um modelo de 1992 já com alterações realizadas e também é conhecido aqui no Grupo BTR pela designação "Bezerro" e pertença do membro do Honda Team - "Guide Temple".
Aproveitei a oportunidade pois as informações sobre este tipo de motor de 4 cilindros pode ser útil a Londres no futuro.
Este modelo tem o nome técnico CBX750 com motor DOHC de 747cc e 75 cv. Foi fabricada entre 1992 e 1997. Assim sendo esta moto é portadora do último legado deste motor "Four".
Outra particularidade deste motor é que as válvulas funcionam hidraulicamente, o que significa que o motor não afina as mesmas.
Primeiro contacto:
Não se tratou propriamente de um primeiro contacto, pois já por algumas ocasiões tinha visto esta moto e fui acompanhando algumas das alterações que foram sendo realizadas.
Esteticamente a moto sempre me agradou. Aquele estilo minimalista assenta bem na moto, onde o preto e os cromados fazem um conjunto homogéneo e simples e sem "espalhafatos" tão ao gosto dos orientais. Desta forma ganha o que mais importa, que neste caso é a estética dos seus quatro colectores pois fazem um excelente contraste com o preto que "veste" o resto da moto.
Aos comandos:
A primeira impressão ao "montar" o Bezerro foi logo a altura ao solo. Mais alta que a Bonnie e logo os pés não assentam completamente no chão. Apesar disso não me senti desconfortável. A moto também é mais larga.
Também confesso que a situação de não ter velocímetro (mas sobre isso falarei mais à frente).
Ao ligar os motores, o "cantar" que acho maravilhoso deste motor "Four" ajudado por uns escapes abertos, o que faz com que o som seja de facto um som muito "cheio" e corpulento.
Em andamento:
Estava na hora de finalmente "provar" este motor que tanto deu que falar no seu tempo e que ainda recolhe grandes paixões. 20 anos depois de ter sido fabricado, como estaria este bloco de 4 cilindros?
A ao engatar a mudança também estranhei pois o selector de caixa é curto e mais "dentro". Nada demais, pois habituei-me rapidamente.
Ao arrancar, senti suavidade. O local em causa (Torre de Belém) não me permitiu propriamente grandes arranques.
O que me agradou logo bastante foi o guiador mais largo! A posição de condução é um pouco mais baixa mas agradou-me a posição de braços! Não sei se colocaria assim um guiador numa moto minha, mas gostei!
Claro que não há bela sem senão: a direcção fica mais pesada! Em manobras paradas sente-se um pouco, mas nada de especial.
Finalmente em estrada aberta, tive a oportunidade (e autorização) de "apertar" com a "bicha" (algo que não foi dado em troca pois a Bonnie - em rodagem - não poderia dar-se a esse luxo).
Este motor de 4 cilindros de facto faz justiça ao que tanto se fala dele! Responde muito bem e muitas vezes me vi a "meter" a 6ª velocidade (que não tem).
Fiz diversas experiências e uma que me impressionou foi quando, em 5ª, tirava e colocava punho. Parecia que tinha colocado uma abaixo tal a velocidade de recuperação (chegando a dar coice). Muito bom!
Porém, esta unidade está um pouco "abrutalhada" em altas velocidades e se não tivermos cuidado com a rodagem do punho. Dá gosto para um tipo de condução desportiva, mas um pouco de suavidade não lhe fazia mal, na minha opinião pessoal.
A baixa velocidade, e doseando bem o punho (questão de hábito) a coisa muda de figura pois a moto faz tudo que queremos em 4ª sem "bater" o motor. Tem uma elasticidade muito porreira se não abusarmos no punho. Se tivermos esse cuidado, a moto faz tudo impecavelmente bem e não sai "disparada".
Também é necessário dizer que a moto "normal" não tem este comportamento. A unidade ensaiada está "feita ao seu dono" e assim deve ser.
Em termos de conforto achei-a algo dura, mas não compromete muito o conforto. teria de fazer uma volta maior para poder opinar com mais acertividade sobre este tema.
Acessórios:
Para além dos escapes e alguns extras de transformação (como o velocímetro), a unidade disponibilizada para o teste estava equipada com uma tomada de isqueiro muito peculiar, como se pode ver na foto em baixo:
Resumo:
A "Four" de facto é tudo o que esperava dela e o que já me tinham dito e que ajudou ao slogan "Honda é Honda".
Uma moto com muito mais qualidades que defeitos.
Mesmo com o tempo de vida, nota-se que o trabalho foi bem feito na altura, sendo uma moto que ainda hoje pode fazer as maravilhas de qualquer condutor que não dê prioridade a electrónicas sofisticadas e queira uma moto fiável e que tenha um comportamento que permita algumas aventuras mais rápidas em estrada e fácil de conduzir em cidade.
Também é uma moto com muita margem de alterações.
No geral gostei de testar esta máquina e normalmente Tóquio sabe o que faz, espero mantenha algumas das coisas boas na recém-chegada CB1100 nova mas já com umas modernices.
Fotos: