segunda-feira, 7 de abril de 2014

Suzuki DL 1000 V-Strom ABS 2014

Teste Ride Suzuki DL 1000 V-Strom ABS 2014

Chegada a altura de experimentar a revelação das Maxi-trail da Suzuki. Modelo que segue a carismática sigla V-Strom, com muitos apreciadores a nível mundial, desde a bestseller 650 e agora a esperada 1000.


Desde que vi o protótipo na Expo em Lisboa que me ficou a ideia de uma máquina robusta e ágil, a frente desde início foi pouco consensual, mas ao vivo agrada e é bem construída.

Sentado na máquina, o encaixe é perfeito e a posição de condução natural, com um banco de bom tacto. 


Para o teste escolhi sair da Benimoto, fazer o IC2, subir até Casal Vale Ventos e depois ir até às Belas lagoas da Arrimal.
No movimentado IC2 foi uma delícia usar o motor entre as 3 e as 5.000rpm, se bem que às 4.000 ele tem 10,5 de binário, é muito agradável passar a suave caixa entre estas rotações. Já a subir a serra entrelaçando as várias curvas com piso polido deu para ver a excelente agilidade da máquina, os 228kg, nada se notam e depois da primeira curva, venham elas insere e sai muito bem o binário está sempre lá.

 

Da localidade de Vale Ventos para Arrimal, deu para apreciar o belo amortecimento quer da suspensão frontal quer da traseira, muito bom, filtram bem as irregularidades sem passar para o condutor  nem para o conjunto, que mesmo em mau piso não sobressai qualquer ruído parasita das carenagens.



Já nas lagoas da Arrimal deu apreciar o cuidado nos acabamentos quer das soldaduras do quadro quer em todos os pegamentos das carenagens, nota positiva para estes itens. 




A parte inferior do motor pede protecção, pois os escapes estão muito expostos, nota também menos positiva para os piscas podiam ser menores. A suspensão da frente quando se imprime mais velocidade afunda um pouco, no entanto tem afinação.



O modelo foi-me entregue com pouco mais de 100kms, não puxei pala máquina, em estrada a 6.000rpm vai 163km/h e ainda tem muito para dar pois o redline aparece às 9.000rpm. 



O vidro cumpre, é de fácil ajuste, tem várias posições, para ajustar basta empurrar para a frente, para voltar á primeira posição é empurrar na totalidade até destrancar e ele volta ao início, fácil e eficaz, os comandos são fácies de usar o painel tem boa visibilidade.


Consumo do teste, (19,0km/L)  5,2L/100, nada mau para um motor pouco rodado e que subiu e desceu uma serra.


Resumindo uma 1000 com 100cv sempre muito presentes, para tal o binário logo cedo faz maravilhas, controlo de tracção, embraiagem deslizante, jante 19 á frente, 17 atrás, suspensões reguláveis, tudo isto por um preço a rondar os 13.000€, julgo que a Suzuki sai ganhadora e mete esta máquina no sítio certo.  

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Yamaha MT-07


     

    Yamaha MT-07

   





Foi nas fabulosas estradas da Ilha de Lanzarote, que tive oportunidade de rodar e testar durante um dia a nova Yamaha MT-07.
 Foram 200 kms. em que se passou por todo tipo de estrada, desde grandes rectas, curvas abertas e apertadas, em cidade, em via rápida e até estradas em mau estado de conservação.
 Esta nova MT que a Yamaha vai lançar em 2014, tem um motor bi-cilíndrico em linha de 689 cm3, com 75 hp atingidos ás 9.000 RPM e a máxima potência de torque de 68.0N.m ( 6.9 kgf.m ) ás 6.500 RPM. E é aqui no motor que mais brilha esta MT-07.
 Apresentando uma linha moderna,  com pormenores desportivos que realçam logo á vista nos primeiros olhares, esta é claramente uma mota Anti NC da Honda, e argumentos para a bater não lhe faltam, como o peso, menos 40 kgs, a potência, mais 20 hp, o preço, cerca de menos 1.000€, e consumos prometidos equivalentes á NC.

 Se a ideia foi fazer uma mota low-coast, e o preço de lançamento de 5.595€, sem ABS, e 6.095€ com ABS mostra bem essa intenção, não houve poupança nos materiais usados, como duplo travão de disco á frente, jantes bem conseguidas de 10 raios, painel totalmente digital, com bastante informação, pneu traseiro na medida de 180 e amortecedor traseiro com nove possíveis afinações. Preço este, alterado durante o mês de Julho de 2014, com um aumento de cerca de 400€, ficando o preço base em 5.995€ mais documentos, mesmo assim bastante apelativo.


Quando nos sentamos na mota, temos logo consciência que o conjunto é bastante leve e compacto, 179 kgs. para a versão normal e 182 kgs. para a versão equipada com ABS ( pesos com tanque de oleo e gasolina cheios ).
O guiador estreito e um banco estreito á frente e largo atrás, para permitir adequar a posição de condução, que mais nos convém, fazem-nos ter um total controle sobre a mota. Ideal portanto, para condutores vindos das 125 cm3 ou com pouca experiência, ou porque não, para quem quer ter uma mota divertida a baixo custo, para a volta de fim de semana ou andar na cidade.
 O motor da MT-07 foi uma agradável surpresa, potência sempre disponível, e uma resposta alegre do acelerador, quando rodamos o punho direito. Talvez até se apresente demasiado brusca na passagem da 1ª para a 2ª e da 2ª para a 3ª velocidade, podendo provocar alguns sustos para condutores menos experientes ou mais desatentos. Depois tudo se passa normalmente e com suavidade.
Já imaginaram rodar a 40 á hora numa 5ª velocidade, e rodar o punho e ter uma resposta direta do motor, sem que o bi se queixe , nesta mota é possível. A mesma situação em 6ª já faz bater o motor. A caixa de velocidades é bastante fácil de accionar, ainda para mais tendo uma embreagem suave a ajudar.
 O escape curto, bem desenhado e construído, inicialmente parece não se ouvir, mas quando se roda o punho e se passa as 5.000 RPM acreditem que é musica e da boa para os ouvidos.
 


 O conforto da mota é aceitável para este tipo de estilo, o banco até aos 120/130 kms. feitos é confortável, depois começa a tornar-se rijo, e torna-se necessário procurar melhor posição. A suspensão de trás tem afinação, nove posições, a da frente não, e pareceu demasiado macia, principalmente nas travagens. Travagem essa que se mostrou eficaz, não sendo a versão ABS, a roda traseira bloqueia quando se exige demais, mas isso só vem trazer fator extra á diversão, para quem se sentir mais á vontade. A nível de vibrações, praticamente não existem a nível do guiador ou do banco, já nos pousa pés aparecem quando se puxa mais pela mota, sem se tornar incomodativo.



 Sinal mais para a escolha dos pneus, Michelin Pilot Road 3.
  A facilidade de condução desta mota é impressionante, a curvar mostrar bem as dimensões compactas e o leve peso que apresenta o conjunto. Dá bastante gozo, seja qual for a rotação que se rode. Chegar aos 160 é num instante, permita a estrada, mas não se fica por aí.
 O depósito de 14 litros de gasolina, segundo a marca, permite autonomias próximas dos 400 kms. o que lhe dará médias de 3.5 lts aos 100 kms.
 O painel totalmente digital, bem colocado e de boa visibilidade, apresenta toda a informação necessária, até  incluindo indicador de mudança engrenada.





 Em conclusão, esta Yamaha MT-07 é uma mota super divertida, de fácil adaptação, e capaz de proporcionar excelentes momentos de emoção e diversão para todo o tipo de condutor, seja ele mais ou menos exigente ou experiente.
 Se juntarmos a isso, um preço simpático, abaixo dos 6.000€ e um baixo custo de manutenção, temos a formula certa para o sucesso.
 Para ajudar a personalizar a sua MT-07 a Yamaha apresenta uma grande escolha de acessórios, como escape, ecran, manetes desportivas, banco conforto, tampa do banco, peseiras, e muito mais. 









Avaliação 



Conforto : 8

Motor : 8
Travagem : 8
Suspensões : 7
Visual : 9
Preço : 9

Total : 8.1 


                                            Lanzarote, 8 Fevereiro 2014, Carlos Tavares  





quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

BMW R 1200 RT/LC 2014 "DINÂMICA"



Num domingo pouco solarengo, desloquei-me após prévia marcação á J&M a Pombal onde me esperava o amigo Miguel Fonseca.


Existiam para teste, a novíssima R 1200 GSA, a 800 Adventure, a 1200 GS e a R 1200 RT, nova versão refrigerada a água.

 



Num ambiente fantástico com vários entusiastas a verem as novas máquinas, depois de um simpático café, chegou a minha vez de testar a RT. Explicações dos comandos, resumo do funcionamento da maquina, GPS ligado com roteamento do teste e vai de estrada.


IC 2 rumo a pombal, rádio ligado, o painel e todos os comandos enchem a vista, a caixa surpreende, suave hiper precisa, um luxo, bem me recordo das primeiras 1100 com os fantásticos “clanks” esta não, dócil sem ruídos estranhos numa máquina com pouco mais de 1000kms, excelente. De ultrapassagem entre ultrapassagem o novo LC faz juz aos seus 125cv, desenvolve muito bem sem sintoma de atritos, uma suavidade muito energética.
 

Passo o nó do antigo IC8 e o GPS manda-me para a A34, primeiras curvas do acesso a essa via e, meu deus, que agilidade o ESA, como sempre a delinear as curvas como se fossem rectas, a maquina insere-se, a maquina ensina, meia dúzia de kms e já existe uma sintonia perfeita. Via de aceleração e vai disto, trânsito nulo, ecrã á altura dos olhos, capacete fechado e ups… 220? Vai com calma, ao menos para ver em que saída o GPS te manda, muito bom, o dia era invernal, com um ar “espesso” com o baixar da velocidade denota-se o atrito á grande área frontal contra o vento, no entanto sem um abanão, sem oscilar, com uma protecção aerodinâmica perfeita.


A sexta é muito longa, ao contrário da GS, nesta máquina está preparada para fazer longas tiradas em Auto-estrada sem que o motor sofra qualquer esforço.


Saio do nó paro na EN 237 para umas fotos e apreciar as formas da maquina, Rumo a Pombal de novo agora numa nacional com bom piso e com belas curvas, o Boxer portou-se como nunca, 3ª,4ª e 5ª a lembrem as curvas como se de uma R se tratasse, Já quando testei a 1150, achei fenomenal a capacidade e confiança com que a maquina curva, como se não houvesse limite, os “boxer” sobressaídos são pura ficção, parece roçar os espelhos, sem um afundar, tudo como se um nível se tratasse, tudo sobre carris, entra, curva sai, com garra sempre com potencia, um novo alento ganhou este boxer.



As reduções de velocidade são “imediatas” a maquina não afunda, a transmissão com embraiagem deslizante faz com que uma travagem mais forte fosse como mandar uma âncora lá para traz, a máquina quer de lado quer direita, não sofre qualquer força de torção, muito bom.
 



De novo no IC2 e já a ver a meta no GPS, lembrou-me de experimentar o quick shift, bem, rendido…, fiquei rendido, como se de uma caixa automática se tratasse, a pequena oscilação do pé para trocar de relação sem embraiagem em segundos, que condução maravilhosa, fiquei fã, para reduzir há que desacelerar, para aumentar basta manter a rotação é de luxo.



 

Volta dada, não vou relatar a quantidade de informação do painel, rádio, controlos, bancos e punhos aquecidos, o teste interessou-me mais na parte dinâmica da maquina, só um pormenor quando se desliga a chave o vidro baixa, e existe um comando acoplado á chave que tranca e destranca as malas, bem como um útil botão do lado direito, que mesmo com a maquina a trabalhar destranca as malas para uma abertura fácil e momentânea. As malas tem acabamento de luxo, a traseira tem hidráulico e tudo, o cruise control é extremamente fácil de accionar, etc, etc, etc.

 

Com 25 litros de capacidade de combustível, temos aqui máquina para muitos e muitos kms de prazer com excelentes capacidades dinâmicas.

 

Ponto menos consensual, e comentado pelos presentes, a parte de baixo do motor, muito revestido nas primeiras 1100, um pouco menos na antecessora e agora algo estranho pois não tem qualquer carenagem.



A versão base julgo que custa pouco mais de 18000€, esta full extras, ascende os 21000€, maquina de luxo com cliente especifico, a nivelar um patamar muito alto o segmento das Touring.