Este teste começou em 2012 quando rolei a primeira vez com a
Crosstourer. Dessa vez fui apanhado de surpresa na Aparaguas e a volta foi
muito curta cerca de 4kms só deu para apreciar a pujança do V4 acima das 4000
rpm.
Conhecedor dos V4, já rolei muitos quilómetros de VFR800,
ST1100 e STX1300, achei muito estranho na altura, aquele “salto” na entrega de potência
antes e depois das 4.000rpm, os V4 não eram assim, ficou-me a pulga atrás da
orelha.
Há uns meses desloquei-me á Jomotos e com a simpatia do
amigo Miguel Fonseca foi-me disponibilizada uma Crosstourer 2013 em que na qual
fiz cerca de 60 quilómetros.
Inicialmente a viagem era para ter sido a Coimbra, no entanto
decidi meter-me dentro da cidade de Pombal, queria testar os números relativos
ao peso e o comportamento da máquina em cidade.
Entre carros, atrás de carros, a máquina é alta mas nada a
apontar safa-se bem no trânsito, no entanto tal como na primeira versão que
andei os “clank” da engrenagem das primeiras mudanças continuam, problema
apontado na irmã VFR1200 também nas primeiras versões e depois revisto pela marca,
aqui pelos vistos continua, será da maquina ter poucos quilómetros, será
defeito ou feitio o ruído está lá.
Já não notei a transição de potencia ás 4000 rpm, agora sim
um puro e cheio V4 linear e com garra á medida que, sem atritos varre o conta
rotações.
Entre inversões de marcha, vulgares “8” para o peso que
acusa arrisco dizer que tem agilidade de 125, tal que dei por mim a surpreender
dois turistas espanhóis depois de subir as escadas adjacentes ao castelo de
pombal, espectáculo simples, subir passeios? É uma trail sim senhora.
Resumindo anda muito bem em cidade, consegue ser muito ágil e
fácil de manobrar.
Toca a sair da cidade e rumar IC2 acima, zona de muito
trânsito e como eu queria ver qual a média em estrada 90/100/110km/h vai de “deslizar”
sem enrolar. No mostrador instantâneo foi a marcar entre 4,7 e 5,8 L/100, no
entanto após chegar a Condeixa para mais uma foto o total marcava 7 litros,
seria ainda um acumulado da condução em cidade não sei, só sei que foi essa
média que manteve até chegar novamente a pombal.
De pombal até á casa mãe em Matos da Ranha, vamos arriscar a
vida e vai disto… É pá 210 km/h a subir não me pareceu nada mal, com uma
estabilidade muito boa, o vidro mais alto para mim é como uma luva excelente
visão para a via e boa protecção aerodinâmica, a parte de fora dos joelhos fica
desprotegida mas nada demais.
Uma
moto honesta, perde para a concorrência em não ter os últimos gadjects, modos de
condução e suspensões electrónicas. As malas são uma chinesice, com uns fechos tipo
porta-moedas, não gosto, os escapes que saem dos cilindros da frente são muito
finos e ficam mal á vista, há que rever o barulho do cardã, e o banco é difícil
encontrar uma posição adequada, dei por mim umas vezes todo atrás outras vezes
encostado ao depósito também não gostei.
Gostei bastante da pujança do motor e da facilidade como se conduz.
Essas motos são ideais para viagens em lugares de difícil acesso
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