Foi com grande curiosidade que me desloquei à Batquipa para
testar a KTM 1190 Adventure.
Uma breve
explicação sobre o funcionamento da máquina, ajustei o vidro para a minha
altura, sistema muito fácil, basta desapertar duas patilhas e subir, descer,
inclinar, fácil e prático. Posição de condução de fácil encaixe, os comandos de
fácil tacto, tudo á mão.
Dado ao arranque do escape sai um rugido muito agradável e
os golpes de acelerador fazerem que o motor suba de rotação com vigor e sem
sintoma de qualquer atrito.
Havia que sair de Benfica e apontei rumar para a marginal
até Cascais. Depressa notei grande agilidade do conjunto e uma travagem soberba,
em modo “STREET” a condução faz-se sem dificuldades no meio do trânsito, sendo
que o motor nasce ás 1500rpm (relanti) e não gosta de andar entre essa rotação
e as 2500rpm, fazendo que em cidade se tenha que usar e abusar da caixa de
velocidades. Já na marginal circulando na casa das 3000rpm a apreciar a bela
vista para o Tejo o consumo desceu dos 5,6l/100 para 5,4, e indicando por uns
instantes 5,1, o que achei excelente para uma maquina desta cilindrada, num trajecto
misto entre cidade e estrada.
É uma delícia
percorrer o computador de bordo, extremamente fácil e muito intuitivo, para
mudar os modos de condução é rápido e fácil, basta desacelerar como a maioria
das concorrentes, para ajustar a carga da suspensão é com a moto parada muito fácil,
uma pessoa, uma pessoa e carga, duas pessoas e duas pessoas e carga,
maravilhoso.
Depois de umas fotos e invertida a marcha desta vez em modo “SPORT”
com o conta rpm já acima das 3000rpm é impressione a forma como sobe de rotação
sempre com um belo ronco, á saída das ligeiras curvas, dar gás é com facilidade
que levanta a roda da frente, sempre com um tacto maravilhoso como se andasse
sobre carris. Ultrapassado Algés, na via rápida acelerando como um míssil,
estão lá sim 150cv, sem dúvida nenhuma, facilmente chegamos a 200km/h isto por incrível
que pareça, se rolarmos o punho com mais decisão depressa nos metemos a velocidades
impensáveis há pouco tempo para uma maxi-trail.
O vidro cumpre na perfeição, na posição mais alta protege
bem os meus 1,90m sem abanar perfeito, nota negativa para o afundamento da suspensão
dianteira, não que abale a estabilidade a velocidades elevadas, mas grande
parte das concorrentes já eliminou este problema, segundo me informaram por
400€ todas as que saíram poderão em 2014 montar o controlo de estabilidade que
sairá nas versões desse ano, muito bom bem visto pela marca.
Não
gostei do accionamento dos pisca, não temos tacto, não existe qualquer click
quer para accionar ou para desligar, a caixa não é fácil encontrar o ponto
morto, o mostrador do lado esquerdo com sol perde a visibilidade ao contrário do direito.
Tomada 12V do lado esquerdo e um pequeno mas util porta objectos.
Resumindo,
uma máquina impressionante, muito potente e ágil, fácil de utilizar e muito económica
não consegui passar dos 6l/100, um passo de gigante no conceito maxi-trail.
Essas motos Austriacas são tão diferentes
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