Decidido
a visitar uma “Box” da Ducati desloquei-me a “LUCAPOWER” no Cacém Park onde
regalei os olhos a olhar para as obras de arte que esta marca nos presenteia. Ao
olhar para a linda Multistrada vermelha perguntei se a podia montar. Referiram-me
que tinham uma de serviço onde podia sentar mais á vontade.
Já
montado na máquina agradou-me a interligação Homem/Maquina no entanto para a
minha altura (1,90m) achei que a posição à frente me faria circular com os
braços algo abertos. Explicaram-me os comutadores e com tanto afecto da parte
da casa decidi pedir se podia experimentar. A resposta foi afirmativa.
Depois
de preencher a papelada referi que pretendia só dar uma volta ao quarteirão
para “sentir” minimamente a máquina. …”É negativo, tem que fazer 20 a 30 km
para ver o que realmente a moto é”… Bora lá então…
O
painel tem uma leitura fabulosa e apetecível é espectacular o subir de rotações
a varrer o mostrador de uma ponta a outra, o som é brutal e definido, mas como
previa a primeira adaptação não foi fácil, a maquina não me entrava nas
rotundas com docilidade, mudei do modo “TOURING” (150cv Suaves…) para o modo “URBAN”
(100cv Suaves) com DTC no nível máximo e mais poder abaixo das 2000rpm a vida
em cidade torna-se mais fácil, no entanto fiquei com a ideia que não é habitat
para esta maquina.
Depois
de umas voltas no trânsito do Cacém, vá de entrar no IC 19 e mudar para o modo “SPORT”
(150cv directos…) meus senhores estão a ver os vídeos do “Pikes Peak”? a moto
foge dos restantes veículos como se lá atrás viesse um tsunami, a rapidez com
que se mete a velocidades proibitivas é fulminante, que poder, uma verdadeira “race”,
isto sempre acompanhado de um tacto de suspensão firme e de uma direcção
precisa. No entanto no primeiro toque de travagem agressivo achei que afunda
mais do que me tinham gabado.
Bem
tanta bombadela de coração havia que procurar um sítio para tirar umas fotos,
já com o puro-sangue parado deu para apreciar as formas muito bem conseguidas
de uma máquina que transparece “competição” uma verdadeira moto de corridas com
a electrónica a ajudar a ser uma máquina sociável.
De
novo na estrada, agora em modo “TOURING” (150cv suaves) deu para curtir o binário
do motor e é aqui em estrada, que esta moto se sente á vontade é dar gaz e ele
soma e segue, a mudança dos menus do computador de bordo é intuitiva, o botão
de piscas faz também de comutador dos modos de condução, achei um pouco lento,
há que desacelerar, e pressionar como se tivéssemos a desfazer o pisca mas
demora tempo demais no meu ver.
O
pára-brisas denominado “pinch and slide” é óptimo tem várias regulações protege
bem e não abana nada, a chave já pode andar sempre no bolso, alem de não ter
gostado do local da fechadura que abre o banco, debaixo da cave de roda traseira
muito exposto á sujidade. Tem um pequeno porta objectos na carenagem do lado
direito, nota positiva.
A
condução do teste foi um pouco “activa” computador mostrou consumo 6.5L/100km.
Esta
máquina faz revisões de 12 em 12000km.
Contras/A
rever: Mudança de correias de distribuição aos 24000km ou 2 anos, caixa algo
dura em cidade, comutadores não transparecem qualidade os plásticos tem mau
acabamento e o toque não é preciso, manómetros óptimos mas os avisadores não
tem luz homogénea, os acabamentos na junção de alguns plásticos poderia ser
melhor. Os espelhos vibram muito em aceleração.
Uma
excelente proposta que começa perto dos 16000€ mas chega facilmente aos 20000€
Uma Duc estratosférica!
ResponderEliminarPoucas se lhe podem comparar (ou nenhuma), poucos artistas conseguem tirar todo o sumo.
Bom tópico realmente esses são os pontos dessa linha de motos
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