sábado, 20 de abril de 2013

Honda CB 500F



As primeiras ilações foram bastante positivas: posição de condução descontraída, as manetes apresentam um bom "tacto", o banco é largo e pouco escorregadio, o som do escape é perfeitamente audivel e satisfatorio. O que gostei menos diz respeito aos punhos (feios, de aspecto frágil e pobre) e à dureza do banco. Iniciando a marcha, esta 500 mostrou-se bastante agil e super fácil de conduzir a baixa velocidade. Mas como o objectivo era circular a velocidades bastante animadas, toca a enrolar o punho. Nota-se bem a presença do binário em todas as faixas de rotação, pelo que logo desde as 2.000rpm a alma deste motor começa a fazer sentir-se, pelo que a resposta do motor à solicitação do punho é muito positiva. Nas 3.000 e 4.000rpm é onde nos sentimos em "casa" se quisermos rolar descontraídamente e é aí que ela gosta de funcionar em ambiente citadino. E o que acontece quando se enrola punho às 4.000rpm numa 2ª ou 3ª mudança? Um disparo fenomenal numa 2ª mudança e uma alegre e rapida subida de rotação numa 3ª mudança. O mais interessante é que sentimos que a 3ª mudança é suficiente se quisermos fazer uma ultrapassagem mais apertada pois esta 500 desenvolve bastante bem, com um motor "cheio" onde o binário marca uma presença constante. Não desejando ficar pelos baixos consumos, não me cansei de fazer acelerações desde as baixas rotações até quase ao red-line. As prestações são boas e a sensação de motor cheio estende-se até quase ao limite, que se regista perto das 8.500rpm. Das ultrapassagens que fiz, em nenhuma delas esta 500 me deixou ficar mal, cheguei mesmo a perguntar-me se esta mota teria apenas 48cv.

Outros pontos fortes centram-se na suspensão e travão dianteiro. A suspensão responde muito bem às bruscas travagens do travão dianteiro, transmitindo grande estabilidade de todo o conjunto. Este possui bom carácter, revelando uma mordedura inicial muito acima da média, apesar de possuir apenas um mono-disco. Travagem tipicamente Honda. Contudo, o amortecedor pareceu-me "seco"  e o travão traseiro muito "soft". Contudo, uma mão lava a outra, e todo o conjunto se portou à altura das fortes travagens que apliquei sobre esta 500F, sentindo-me a todo e em qualquer momento confiante no poder de travagem e estabilidade desta Honda. Aproveito desde já para informar que os consumos feitos por mim foram de 5.3L/100km. não andei propriamente devagar, bem pelo contrário. E assim consegui testar de forma eficiente o rendimento dos Dunlop que equipam esta 500. Embora a mota seja muito agil, considero que estes pneus provocam algumas limitações a essa mesma agilidade, impedindo-a de ir mais além. Os BT-023 que equipam a gama NC700 mostram-se mais capazes e produzem maior sensação de segurança nas mudanças bruscas de direcção e até mesmo durante o processo de travagem, sentindo-se tambem o "curvar" dos BT-023 de forma mais natural sem requerer grande habituação, pelo que considero que estes seriam (para mim) a melhor aposta na CB500. Pessoalmente, não gostei do comportamento dos dunlop, em determinadas situações atribuiam um comportamento de alguma instabilidade à ciclistica da mota e trajectoria em curva.Por fim, gostei muito do painel desta Honda, alegre e completo. Peca pelas letras informativas não possuirem um tamanho maior e por não ter indicador de mudança engrenada. Em 10 valores possiveis, atribuo uma nota de 7,5 pelo que considero que esta mota tem o que é necessario para ser um sucesso de vendas.

3 comentários:

  1. Mas o que se podia esperar de uma Honda sobretudo neste segmento??

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  2. É uma grande mota ponto final! E quem quiser mais compre uma 750 ou até uma 1000 que já tem bastante adrenalina e também umas quantas visitas ao hospital, desde pernas partidas a braços partidos é o que não lhe vai faltar... Não se percebe uma mota que atinge 165khm de máximo e há pessoas que acham que ela dá pouca velocidade por amor de deus!... Enfim...

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  3. Bom test nas motos focou em detalhes super importantes de criticar

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